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Dica da Semana: A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas

Uma Reflexão Divertida sobre Tecnologia e Família

por Equipe Web, em 23/10/2023

Confira a dica cultural da semana, uma recomendação de filme das alunas Gabriella Sousa, Gislaine Rodrigues, Nayla Silva e Roseli Oliveira, do 1º Ciclo de SI:

A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas

"A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas" é um filme produzido pela Sony Animation e dirigido por Michael Rianda, onde o roteiro faz uma sátira do mundo ultraconectado e seus vícios predominantes. A animação gira em torno de Katie Mitchell, uma jovem que está prestes a entrar na faculdade para se tornar uma cineasta, mas que tem uma relação bastante conturbada com seu pai; ela adora o mundo da tecnologia, ao contrário dele, que prefere a vida no campo, longe dos avanços tecnológicos.

No intuito de restabelecer a relação que ambos tinham no passado, Rick, o pai de Katie, cancela as passagens de avião da filha, de modo que possam fazer uma viagem em família de carro até a faculdade. O fato de sua família não acreditar em seus sonhos estabelece o drama familiar onde a jovem anseia por um lugar onde possa se encaixar. Contudo, durante a viagem, uma assistente virtual de um aplicativo se revolta contra seu próprio criador e inicia uma revolução contra os humanos a fim de ocupar o planeta.

É uma recomendação para todos os humanos e máquinas, talvez não as máquinas. Mas você pode rir e ao mesmo tempo refletir sobre como a tecnologia está influenciando nossas vidas, tanto de forma positiva quanto negativa, dependendo de como a utilizamos. Além disso, mostra nossa dependência e o quanto nos tornamos fragmentados e superficiais ao utilizá-la em demasia. Uma cena que retrata muito bem essa situação ocorre quando o pai de Katie pede a atenção da família à mesa de jantar para discutir sobre a viagem da jovem para a faculdade, mas, para a frustração dele, todos estão muito envolvidos com seus dispositivos tecnológicos.

A animação retrata o quanto as máquinas estão se tornando obsoletas em tão pouco tempo e como estão cada vez mais se assemelhando aos seres humanos, absorvendo nossos sentimentos, como emoções, frustrações, desejos, ambições, entre outros. Outro questionamento é a necessidade de reconhecimento e aceitação sobre o qual a sociedade se tornou dependente, quem ilustra isso é a mãe de Katie, que está sempre de olho nas redes sociais de sua vizinha e sente inveja ao ver as fotos de família que ela posta, retratando uma imagem de família perfeita.

Os avanços científicos e tecnológicos trazem medo e fascínio, esse fenômeno é capaz de ajudar a humanidade ou se voltar contra ela - como o monstro de Frankenstein - é reinterpretado no filme de forma muito inteligente. É interessante e muito divertido o modo como os personagens lidam com suas dores, seja com carros voadores ou memes de animais que gritam repentinamente. A obra acumula diversas referências cinematográficas e do meio tecnológico, cativa bastante por apresentar piadas conhecidas por quem utiliza a internet.